Briga por celular com defeito motivou duplo assassinato

Policia

Uma discussão causada por um problema em aparelho celular pode ter sido a motivação do assassinato do comerciante Gersino Rosa dos Santos, 43, mais conhecido como Nenê, em novembro de 2023, no Shopping Popular. Além do empresário, Cleyton de Oliveira Paulino, 27, também faleceu atingido de forma acidental pelos disparos de arma de fogo.

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (4), o delegado Nilson Farias afirmou que mãe e filho, Wanderley Barreiro, 31, e Jocylene Barreiro, 60, presos suspeitos de serem mandantes do assassinato, fizeram “justiça com as próprias mãos”. A dupla acredita que Nenê tenha sido o culpado pela morte de Girlei Silva da Silva, conhecido como “Maranhão”, filho da Jorcylene, pois viram Gersino e Girlei discutindo na banda do Shopping Popular.

Maranhão foi morto a tiros no dia 9 de novembro do ano passado, no bairro Jardim Santa Laura, cerca de 2 semanas antes da execução de Nenê, no Shopping Popular.

Maranhão havia comprado um celular com Nenê e reclamado que o aparelho estava com defeito. Ambos tiveram uma discussão no Shopping Popular e Girlei foi morto dias depois. Mãe e filho relacionaram a discussão à morte e providenciaram o homicídio do empresário.

Wanderley Barreiro e Jocylene Barreiro foram presos em Campo Grande (MS) e foram recambiados para Cuiabá nesta quinta-feira. 

De acordo com o delegado, ambos já tinham passagem pela polícia, Wanderley por homicídio em Uberlândia e a Jocylene por porte ilegal de arma de fogo. Na casa da mãe foram encontradas diversas armas de fogo, inclusive uma em forma de caneta de calibre. 22, que tinha um registro falso.

“Devido a eles acreditarem que quem mandou matar foi a vítima do shopping popular Eles contrataram essa pessoa, que conheceram em Uberlândia. Como era uma família de ciganos, eles transitam por vários lugares, em vários estados. Eles conheceram ele de lá, e ele fez uma viagem de Uberlândia para Campo Grande, e de Campo Grande vieram os 3, a mãe, o filho e o contratado para executar”, afirmou o delegado.

A família de ciganos morou em Cuiabá por 4 meses, período em que Maranhão foi morto. Depois da morte do filho, mãe e irmão se mudaram para Campo Grande. Na semana passada, o atirador Silvio Junior Peixoto, 26, foi preso e confessou o crime. Ele disse que recebeu R$ 10 mil pelo “serviço” e o fez para quitar dívidas. O rapaz não tinha passagens criminais anteriores.

Os mandantes irão passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (5).