Vaca louca: Brasil suspende exportação de carne bovina para China

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Fonte: Rádio Nacional – Brasília

Foto: Divulgação

As exportações de carne bovina brasileira para a China estão suspensas a partir desta quinta-feira (23). Isso porque foi confirmado um caso de mal da vaca louca no Pará. A doença apareceu numa pequena propriedade em Marabá num animal macho de nove anos, idade considerada avançada para bovinos. Ele era criado em pasto, sem ração. A fazenda foi isolada, inspecionada e interditada preventivamente pelo governo estadual e a carcaça do animal foi incinerada.

O Ministério da Agricultura esclareceu que não há riscos para o consumidor. A Organização Mundial de Saúde Animal já foi comunicada. Inclusive, amostras foram enviadas para o laboratório referência em Alberta, no Canadá, para saber o tipo da doença, mas a Adepará, que é a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará informou que trabalha com a hipótese de ser um caso atípico, quando ocorre em animais idosos, espontaneamente pela natureza, em vez de ser transmitida de forma clássica, pela ingestão de ração contaminada. Isso, em tese, reduz as chances de imposições de barreiras comerciais.

Os últimos casos de vaca louca registrados no Brasil ocorreram em 2021, em Minas Gerais e no Mato Grosso. Esses casos também foram atípicos, mas a China, maior comprador de carne do Brasil, chegou a suspender a compra de carne bovina brasileira por três meses, de setembro a dezembro daquele ano.

Importante destacar que, até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de vaca louca, provocados pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados.

Só detalhando o que é o mal da vaca louca: também chamada de encefalite espongiforme bovina, é uma doença degenerativa, causada por um príon, uma molécula de proteína sem código genético. Essa proteína modificada consome o cérebro do animal, que fica parecido com uma esponja. Além de bois e vacas, ela acomete búfalos, ovelhas e cabras.

Para os humanos, ela ocorre quando há o consumo de carne e subprodutos dos animais contaminados. Aí ocorre a encefalopatia espongiforme transmissível.

Edição: Ana Lúcia Caldas/ Marizete Cardoso