‘Estado não precisa de nada para cortar Cuiabá?’, questiona Stopa

Politica

Durante reunião convocada pelo Ministério Público Estadual (MPMT) para tratar das obras do Ônibus de Trâsnito Rápido (BRT) em Cuiabá, vice-prefeito José Roberto Stopa criticou a conduta do Estado e disse que é “estranho” o governo iniciar a implantação do modal na Capital sem licença. Audiência na tarde desta quarta-feira (17), na sede das promotorias de Justiça de Cuiabá, em Cuiabá.

Participam da reunião, a promotora de Justiça Maria Fernanda Corrêa, representantes do governo do Estado, procurado do Estado Carlos Eduardo de Sousa Bonfim e o vice-prefeito Stopa, que também responde pela Secretaria Municipal de Obra Pública.

“Estamos fazendo o Contorno Leste. Quer dizer, na hora que nós vamos lá para entrar na Emanuel Pinheiro, nós precisamos das licenças. O Estado para cortar Cuiabá de norte a sul, leste a oeste, não precisa de nada?”, questionou Stopa.

A discussão ocorre depois do secretário Municipal de Ordem Pública de Cuiabá, coronel Sales, ir pessoalmente até a obra do BRT, na avenida Historiador Rubens de Mendonça, e notificar o Consórcio Construtor BRT Cuiabá para apresentar a licença ambiental exigida para os trabalhos.

No local, está sendo feita a remoção de terra e derrubada de imóveis desapropriados na região. O começo da obra acontece dias após o prefeito da Capital Emanuel Pinheiro (MDB) anunciar que irá implementar o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) na cidade.

Para o Stopa, o MP tem que cobrar do governo a documentação exigida para realizar uma obra, bem como foi cobrada da Prefeitura de Cuiabá quando iniciou a avenida Contorno Leste.

“Quer dizer, são dois pesos e duas medidas dos órgãos estaduais. A gente tem que ficar atento para isso. Parece que até uma coisa estranha nisso aí. Nós tivemos que apresentar e estamos apresentando há meses, projetos para a Sinfra. Só queria deixar claro uma estranheza com relação a isso”, ressaltou Stopa.