Eduardo Botelho se reúne com Mauro Mendes no Paiaguás

Politica

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho, participou de uma reunião reservada de mais de duas horas com o governador Mauro Mendes, na manhã desta quinta-feira. Apesar das expectativas, o deputado afirmou que o encontro não abordou questões políticas, tampouco sua possível saída do União Brasil para se pré-candidatar à Prefeitura de Cuiabá pelo PSD.

Botelho, ao deixar o Palácio Palaguás, em Cuiabá, informou que a reunião se concentrou em questões institucionais entre os Poderes Executivo e Legislativo. “Conversamos sobre os projetos, final do ano. Vamos marcar a reunião, não deu prazo, mas até o final do ano resolve”, declarou Botelho, referindo-se a uma futura reunião com Mauro para discutir seu futuro político no partido.

O deputado aguardava o retorno do governador Mauro Mendes de uma viagem oficial à China e Índia no início de novembro. Botelho busca esclarecimentos sobre os critérios para a definição do candidato do partido nas eleições de 2024, especialmente diante da preferência do governador pelo nome do secretário Fábio Garcia (Casa Civil). O presidente da ALMT demanda a realização de uma pesquisa quantitativa para que o candidato mais bem avaliado pela população seja escolhido.

Caso seus anseios não se concretizem, Botelho indicou sua disposição de se filiar ao PSD, liderado pelo ministro Carlos Fávaro (Agricultura). O deputado pretende resolver essa questão ainda este mês, mas após a reunião desta quinta-feira, não descartou adiar a decisão para o final do ano.

Projetos e desafios na Assembleia Legislativa

Além das questões políticas, Botelho e Mauro têm uma agenda intensa de discussões sobre projetos de interesse do Executivo em tramitação na Assembleia Legislativa. Destaca-se a expectativa pela devolução do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, que precisa ser ajustado devido a uma emenda constitucional aprovada em outubro, elevando o percentual da receita corrente líquida destinada obrigatoriamente para o pagamento das emendas impositivas, de 1% para 2%.

Diante de contestações sobre a tramitação e inconstitucionalidade da emenda, o governador Mauro Mendes ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) e aguarda decisão. A expectativa é que os Poderes encontrem uma solução para garantir o montante esperado pelos deputados já no próximo ano.