O irmão da advogada Cristiane Castrillon, de 48 anos, detalhou em seu depoimento à Polícia Civil como a encontrou, abandonada no Parque das Águas, na tarde do último domingo (13), em Cuiabá
O acusado de cometer o crime é o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49, que está preso. Com ele a advogada foi vista pela última vez com vida. Os dois se conheceram na noite de sábado (12).
O irmão de Cristiane, identificado pelas iniciais C.R.C.F., tinha um almoço de dia dos pais marcado com ela e a família, em Várzea Grande.
Conforme consta em seu depoimento, C.R.C.F. ligou para a irmã por volta das 9h30 do domingo para combinar o horário em que ela iria, mas a advogada não atendeu nem respondeu as mensagens.
Ele segue relatando que uma das filhas de Cristiane entrou em contato com o tio e contou que a mãe não havia dormido em casa. Pelo aplicativo “Life360” foi possível rastrear a localização da advogada, que apontou para o Parque das Águas.
Quando C.R.C.F. chegou no estacionamento do parque, por volta das 13h, não a encontrou. Ele continuou procurando e encontrou o Jeep Renegade verde da irmã em uma pista de caminhada, no sentido ao Detran.
Ele relatou aos policiais que quando se aproximou do veículo viu que o vidro estava parcialmente aberto.
A vítima estava “deitada no banco do passageiro, estando o banco do carro todo deitado e Cristine com um óculos de sol nos olhos”, diz trecho do documento obtido inicialmente pelo programa SBT Comunidade e a que o MidiaNews também teve acesso.
Ao se aproximar, C.R.C.F. “percebeu que ela estava com a cabeça roxa e tinha um pingo de sangue seco na mão esquerda”.
Ele disse ter pensado em quebrar o vidro, mas “ao pegar na maçaneta percebeu que o carro estava aberto, assim entrou no veículo e viu o celular de Cristiane no painel do veículo e a chave do veículo no contato”.
Apavorado com a situação e na tentativa de salvar a irmã, C.R.C.F. ligou o Jeep e levou Cristiane ao Complexo Hospitalar de Cuiabá.
Ele disse ter deixado marcas de frenagem no local, quando tentava arrancar com o carro. Como ele é automático C.R.C.F. disse não ter conseguido soltar o freio de mão.
A morte de Cristiane foi confirmada na unidade hospitalar e a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa foi acionada.
O corpo da advogada tinha marcas visíveis de espancamento e asfixia. O crime começou a ser investigado e em menos de 24 horas o ex-policial militar já estava preso.
A advogada deixou duas filhas, diversos familiares e amigos que lamentaram a morte dela nas redes.