A Justiça determinou que seja realizado teste de insanidade mental no bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, que matou Benedito Cardoso dos Santos, em Confresa, a 1.160 km de Cuiabá, após discussão por discordâncias políticas. A decisão atende a um pedido apresentado pelo Ministério Público para que o assassino seja avaliado por equipe especializada e ter um relatório de suas condições psiquiátricas.
A decisão foi proferida pelo juiz substituto Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes, da 3ª Vara de Porto Alegre do Norte.
O magistrado analisou o pedido da promotoria, que apontou que, em 2020, a família tentou interná-lo em unidade psiquiátrica compulsoriamente, pois apresentava atitudes “agressivas e descontroladas” decorrentes de problemas psiquiátricos causados pela pandemia.
Porém, a Justiça, na época, negou o pedido, alegando que seria “imprudente” mantê-lo em unidade de saúde contra vontade durante a pandemia da Covid-19.
O advogado de Rafael, Matheus Roos, havia informado que também pediria o incidente de sanidade mental à Justiça na expectativa de que, “se comprovada doença mental, substituir eventual pena por medida de segurança”.
Na segunda-feira (19), o Ministério Público denunciou o investigado por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e pediu exame de insanidade mental.
“Agindo com desejo assassino, matou Benedito por motivo fútil com emprego de meio cruel (causando maior sofrimento ao ofendido com uma brutalidade exacerbada usando uma faca e um machado) e mediante recurso que dificultou a defesa (já que a vítima foi atingida pelas costas e, quando já estava caída ao solo sem poder oferecer resistência, foi golpeada várias outras vezes)”, diz trecho da denúncia.
A Polícia Civil concluiu o inquérito do caso no dia 16 de setembro e ainda aguarda o laudo de necropsia. Segundo o delegado Victor de Oliveira, a vítima pode ter sido atingida por mais de 15 facadas.