A deputada estadual Janaina Riva (MDB) negou que haja contradição em seu posicionamento por defender a permanência do MDB na base do governador Mauro Mendes (União Brasil) tendo em vista que o partido declarou apoio à pré-candidatura do deputado federal Neri Geller (PP) ao Senado, enquanto ela apóia o sogro, senador Wellington Fagundes (PL).
Segundo os críticos, haveria uma contradição por parte da parlamentar, que critica o fato do prefeito Emanuel Pinheiro e o filho, deputado federal Emanuelzinho, serem os únicos dentro do MDB a não apoiar a reeleição do governador, enquanto ela é a única que destoa da decisão da sigla em relação ao Senado.
“Essa é uma questão de cunho pessoal. Já pensou eu ficar contra o avô do meu filho? É uma coisa completamente absurda. Isso todos os filiados do partido entendem completamente. Cheguei a dizer que, se isso fosse desconfortável para o partido, eu sairia, diferente do que outros fazem, que trazem o desconforto e querem ficar”, afirmou.
A parlamentar argumentou que a permanência dela no MDB foi uma decisão do próprio partido, mesmo com o apoio declarado a Wellington.
“Foi uma decisão do partido a minha permanência mesmo com esse apoio ao Wellington por entender que hoje não só mais é uma questão política, que poderia ser no passado, já eu já tinha um alinhamento com ele. Mas hoje é uma questão realmente de cunho pessoal”, frisou.
“Eu dou muito valor a política, vocês sabem disso. Mesmo sendo mulher, deixo meus filhos, minha casa, faço o possível, mas eu não poderia trazer um prejuízo familiar tanto para o meu marido, quanto para a minha família com relação a essa discussão de Senado. Acho que o MDB entendeu muito bem, captou esse recado e pediu que eu ficasse mesmo assim”, acrescentou.
Janaina ainda declarou que tenta, da sua forma, fazer com que o partido caminhe com o sogro, mas de forma democrática.
“Não atrapalho o partido com relação a isso, mas trabalho aqui da minha forma, mesmo contra todos os demais que hoje estão com o Neri, para que o partido caminhe com Wellington. Mas, de forma democrática, sem falar que outro ‘tá por fora’. Eu não ofendo nenhum dos colegas em relação a isso”, pontuou.