O Globo Repórter desta sexta-feira (4) mostrou os benefícios da calistenia, uma prática que utiliza exercícios com o peso do próprio corpo e conheceu a Nathalie Diniz, professora de educação física que dá aulas usando equipamentos públicos em São Paulo. Nathalie também é professora de pole dance, um exercício que usa muito o peso do corpo.
Após virar sucesso no mundo fitness no início dos anos 2000, o pole dance foi reconhecido internacionalmente como um esporte. Um esporte que pode ser extremamente desafiador. E a repórter Bianka Carvalho se aventurou e tentou aprender mais sobre o exercício.
Repórter: Me fala como você consegue ficar tanto tempo com a perna assim [segurando o poste]?
Nathalie: Com treino.
Repórter: E com treino para de doer?
Nathalie: É óbvio que não.
Repórter: Fica doendo assim para sempre?
Nathalie: Não, mas por alguns meses. É o nosso trabalho fingir naturalidade.
Eu, atleta?
A pesquisadora de mercado Júlia Oriente, 25 anos, aprendeu os benefícios do pole dance ainda na adolescência e acabou virando uma competidora da modalidade. O primeiro desafio, no entanto, foi conseguir uma autorização e vencer os preconceitos dentro de casa, aos 17 anos.
“Coloquei na minha cabeça, como uma adolescente chata, que eu queria fazer pole dance. Eu falei para a minha mãe e ela disse não. Ela tinha uma ideia de que não era algo legal para um adolescente, que era muito sensual, quase como se fosse stripper. Não tem nada a ver com a realidade, mas ela tinha esta ideia comum de que as pessoas têm”, disse.
Julia conta que, quando era mais jovem, não se dava bem nas aulas de educação física e, hoje, é uma atleta. “Eu era um grilo. Era isso que eu era, muito fraca. Não tinha força”, recorda. Com os treinos ela foi adquirindo controle corporal, equilíbrio e flexibilidade de uma competidora.